quinta-feira, 25 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Quem me dera que eu fosse o pó da estradaQuem me dera que eu fosse o pó da estradaE que os pés dos pobres me estivessem pisando...Quem me dera que eu fosse os rios que corremE que as lavadeiras estivessem à minha beira...Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rioE tivesse só o céu por cima e a água por baixo...Quem me dera que eu fosse o burro do moleiroE que ele me batesse e me estimasse...Antes isso que ser o que atravessa a vidaOlhando para trás de si e tendo pena...Alberto Caeiro
O amor é uma companhia
O amor é uma companhia.Já não sei andar só pelos caminhos,Porque já não posso andar só.ndar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempoUm pensamento visível faz-mea gostar bem de ir vendo tudo.E eu gosto tanto dela que não sei como a desejarMesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo
E eu gosto tanto dela sei como a desejar.Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.eu sou qualquer força que me abandona.Toda a realidade olha para mim comoMas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.Alberto Caeiro
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
emptyness.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
(Sá)gitario.
sábado, 6 de novembro de 2010
carta á memoria
Amo-te,muito,sempre.
Acordo com a garganta seca com os olhos molhados a pensar no que tinha acontecido,no que tinha visto dentro de mim,e agora olho para tudo a procura desses sinais que me levam a achar q pode ter sido real,nos dias maus,nas respostas menos boas,nas atitudes menos maduras,nas decisoes mal tomadas,nas palavras ditas de cabeça quente,agora que vejo pode ser real,e se for?mas,e as saudades?as maos dadas?os abraços?a mao quente no coraçao?o amor de dois seres loucos,perdidos,num mar demasiado real para se poder amar e viver,isso nao conta?nao se pode ser feliz so com um leve e frio "amo-te"cada dia?se assim fosse ja tinha o corpo enfraquecido de tantos "amo-te's"ditos em vão,embora sentidos.
Eu consigo fazer a minha realidade,a minha "não cegueira"com um simples par de mãos e um beijo na alma.Agora que olho em volta,neste escuro que os meus olhos veem,foi um mau sonho,ainda tenho a minha corrente bem ligada a ti,ainda continuas aqui quando te procuro a meio dos meus sonhos,nao fui embora,nem tu.Então não vás mais,eu não vou.Amo-te,muito,sempre.
um dia escrevi isto a alguém,á muito tempo,apenas me esqueci de me lembrar a quem.