Imagino -te como pequenas folhas,folhas que voam sempre cada vez que as tento alcançar,pequenos pedaços da minha imaginação perdida algures dentro de um ser desconhecido.
Procuro te como um forasteiro,o forasteiro dos meus sonhos.
Gostava de poder chamar por ti,de te poder dar um nome e forma,imagino-te.
Procuro por ti em mim,em pensamentos que nem sei onde em mim estão,procuro te como se soubesse o caminho,como se soubesse onde estás e ao mesmo tempo nao soubesse.
Sei que estás algures,procuro a tua forma e o teu cheiro,procuro te entre todos os recantos e rastos que deixas,quem ira me dizer que és tu?
Como vou saber se és tu?Diz-me que não tens dois coraçoes e uma cara,diz me que nao estas aqui só de passagem,gostava de sentir que não tens uma corda que te puxa permanentemente para o outro lado.
Aparece como uma chama,como um sinal de fumo,como um suspiro,aparece sem pedir licença.
Deixa me apanhar te como quem apanha uma borboleta,deixa-me descobrir a cor que existe em ti,deixa me descobrir o que está dentro de um ser sem destino,deixa me descobrir te.
Preciso de um mapa para todas as tuas direcçoes,poderia correr kilómetros até te encontrar que nunca te iria descobrir verdadeiramente,poderia chamar por ti em plenos pulmões que nunca irias ouvir,poderia dizer e fazer tanta coisa que nunca pensarias na minha existencia.
Não descodifiques os teus mapas,deixa-me permanecer na ignorância até saber se realmente sei ler de que cor é que és feito,não me digas onde estás,deixa me perdida até saber se o fim do teu caminho é o mesmo que o meu ponto de chegada.
Fica no sitío onde estás,não me deixes encontrar te nem saber por onde andas,não me chames só para ficar perdida,deixa me ficar aqui a pensar se algum dia vou saber de ti verdadeiramente.
Sei que estou a milhas e kilometros de ti,a verdade é que mal te sinto,da-me um sinal antes que perca o meu sentido de orientação.
Onde andas tu forasteiro dos meus sonhos?